O Sol seguia feliz o seu destino
E num só momento de desatino
Algum astro, asteroide, planeta
Ou satélite, meteoro ou cometa
Se chocou contra ele; ele se feriu
Ele até chorou, mas ninguém viu
Apesar disso, seguiu seu caminho
Continuou a iluminar com carinho
E a aquecer com muito mais amor
O que era brilho, virou esplendor
Anos, décadas, séculos, milênios
Converteu em hélio, hidrogênios
Continuamente se transformando
Sendo ainda o Sol, mas mudando
E foi então que pela milésima vez
Outro astro cometeu a insensatez
De lhe atingir e machucar de novo
A Terra que até então era um ovo
De repente, começou a germinar
Antes disso, alguém a esbravejar:
“É burrice um caminho percorrer
Sabendo que nele se pode sofrer”
E nisso, o Sol levanta o seu rosto
Afirmando que feliz e com gosto
Vai continuar a iluminar, aquecer
Fecundar, irradiar, fazer florescer
Porque Deus é um grande motor
E o combustível Dele é só o amor
Nenhum comentário:
Postar um comentário